data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Consumidores sentem o impacto na alta dos combustíveis, que afeta outros produtos, como os alimentos
Na última semana, o preço da gasolina sofreu mais um aumento por parte da Petrobras. Só em 2021, o combustível já teve nove reajustes nas refinarias e acumula alta de 28,21% na bomba ao longo do ano. O aumento é alavancado, outra vez, pela elevação nos preços do petróleo no mercado internacional.
O valor do combustível em Santa Maria, de acordo com o aplicativo Menor Preço, variava nesta terça-feira de R$ 6,07 a R$ 6,80 - diferença de R$ 0,74. Em um posto do Centro, em uma semana, o reajuste na bomba foi de R$ 0,13 - foi de R$ 6,36 para R$ 6,49, terça-feira.
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Os motoristas sofrem o impacto de mais um aumento nos combustíveis. Até quem não tem veículo sente no bolso.
- O combustível reflete no todo da economia. Sobe o frete e é repassado na mercadoria. Sobrecarrega em todos os lados e quem paga somos nós. Pegam itens essenciais, como a gasolina, e vai refletir no transporte público, de carga, em tudo - avalia o aposentado Paulo Schlottfeldt.
Encher o tanque está custando, em média, R$ 300. Com os reajustes constantes, o movimento nos postos tem caído. No mesmo posto do Centro, dos 500 mil litros de gasolina vendidos por mês, agora são comercializados em torno de 250 mil.
- Toda semana está aumentando o combustível e a gente lidando com isso para manter o negócio. Além dos reajustes da Petrobras, o impacto do ICSM estadual também é grande. 30% do valor cobrado do consumidor é imposto. A nossa margem de lucro gira em torno de 10% bruto, sem contar os descontos de taxas de cartão, funcionários, luz, água e todos os custos - afirma o proprietário do posto, Valmir Dutra da Silva.
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IMPACTO NO SERVIÇO
O fisioterapeuta Iago Balbinot, que usa o carro para fazer atendimento em domicílio, precisou reajustar o valor das consultas para não ter prejuízo:
- Está complicado para todo mundo. Preciso sair bastante em função dos atendimentos, então acabo usando muito o carro, e fica mais difícil. Tive que subir porque tudo inflacionou.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) prevê novas altas devido à desvalorização do real e da política de preços adotada pela Petrobras. Um alternativa para amenizar os custos é aderir aos cartões fidelidade de alguns postos, que garantem descontos de até R$ 0,25 por litro.